Criado em meados de 2004, o grupo teatral Os Inclusos e os Sisos, fundado por Talita Werneck, um dos projetos da ONG Escola de Gente, utiliza as artes cênicas para sensibilizar públicos diversos sobre a importância de pensar uma sociedade inclusiva. O grupo apresenta esquetes cômicos que, por retratarem cenas comuns no dia-a-dia das pessoas, conseguem sensibilizá-las e levá-las a perceber a necessidade de mudança dos próprios conceitos sobre o que é “normal” e o que é “diferente”.
O humor é o principal ingrediente dos esquetes e peças do grupo teatral. É por meio dele que os atores provocam o público, fazem rir, suscitam reflexões e deixam evidente a dificuldade de lidarmos com qualquer tipo de diversidade, especialmente quando precisamos nos relacionar com pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.
Ao longo de seis anos, já foram criadas 45 esquetes e algumas peças como “TV Infância” e “Ninguém mais vai ser bonzinho”, que se tornou, em 2007, o primeiro espetáculo teatral no Brasil a oferecer à platéia, simultaneamente, a interpretação por meio da Libras, legenda, audiodescrição e o programa impresso em braile.
De 2002 a 2009, a Escola de Gente sensibilizou diretamente mais de 380 mil pessoas para a causa, atuando presencialmente em 13 países da América Latina, Europa e África.
Tata Werneck, apresentadora da MTV e fundadora do grupo “Os Inclusos e os Sisos” dá aula de improviso nas oficinas de teatro da Escola de Gente.
Os Inclusos e os Sisos - Teatro de Mobilização pela Diversidade - se destacaram no cenário internacional a partir do espetáculo teatral “Ninguém mais vai ser bonzinho”, primeira peça brasileira encenada com distintas formas simultâneas de acessibilidade que é inspirada no livro da jornalista e escritora Claudia Werneck, publicado no ano de 1996 pela WVA Editora. A obra foi a primeira no Brasil a tratar do tema a partir da Resolução 45/91, assinada pela ONU em 1990.