A Sintaxe é a parte da gramática de uma língua que estuda a disposição ou ordem das palavras na frase e a disposição ou ordem das frases no discurso, bem como a relação lógica das frases entre si.
Segundo Valentini, /VAL95/, o estudo da descrição quanto à relação dos elementos estruturais e das regras que regem a combinação de sentenças ainda não é completo na Libras. Porém, apresenta regras próprias e básicas. O que se pode afirmar é que as línguas de sinais apresentam pouco uso, ou nenhum, de artigos, preposições e conjunções. Também, por vezes, ocorre omissão dos verbos de ligação como ser, estar, ficar, ter, haver e demais verbos que estejam cumprindo com a função de verbo auxiliar ou de ligação. Entretanto, Brito, citado em /VAL95/, afirma que a organização sintática básica dos sinais, dentro de uma oração em LIBRAS, segue a mesma ordem das línguas orais: Sujeito - Verbo - Objeto que são princípios universais de ordem das palavras. Outros autores já têm defendido a ordem Objeto – Sujeito – Verbo, argumentando ser esta a ordem mais natural da Língua de Sinais “nativa” e que devemos respeitar sua construção cultural natural.
Segundo Valentini, /VAL95/, o estudo da descrição quanto à relação dos elementos estruturais e das regras que regem a combinação de sentenças ainda não é completo na Libras. Porém, apresenta regras próprias e básicas. O que se pode afirmar é que as línguas de sinais apresentam pouco uso, ou nenhum, de artigos, preposições e conjunções. Também, por vezes, ocorre omissão dos verbos de ligação como ser, estar, ficar, ter, haver e demais verbos que estejam cumprindo com a função de verbo auxiliar ou de ligação. Entretanto, Brito, citado em /VAL95/, afirma que a organização sintática básica dos sinais, dentro de uma oração em LIBRAS, segue a mesma ordem das línguas orais: Sujeito - Verbo - Objeto que são princípios universais de ordem das palavras. Outros autores já têm defendido a ordem Objeto – Sujeito – Verbo, argumentando ser esta a ordem mais natural da Língua de Sinais “nativa” e que devemos respeitar sua construção cultural natural.
Existem também outras correntes que têm militado em defesa da ordem canônica das línguas orais, Sujeito – Verbo – Objeto, e ignorando a origem cultural, educacional dos alunos surdos, têm imposto no ensino fundamental o uso da Libras nesta plataforma sintática, construindo assim, uma nova geração de surdos que naturalmente farão uso deste sistema sintático, em detrimento do sistema sintático nativo, natural.
A despeito destas grandes controvérsias e de estarmos longe de um consenso em relação à correta sintaxe da Língua de Sinais, o que se tem verificado na prática é que dentro da cultura surda, dependendo da classificação da identidade surda, nível escolar, social e cultural, haveremos de conviver com divergências na construção das idéias em uma sintaxe única e padronizada. Isto somente ocorrerá quando houver se desenvolvido o suficiente no que se refere à gramática da Língua de Sinais, que por enquanto, ainda está em fase de construção e aprimoramento, tendo-se em vista que apesar da Língua de Sinais estar sendo utilizada por comunidades surdas há anos, só foi considerada língua oficial no Brasil em 2002. A partir de então, esforços estão sendo envidados para a organização dos sinais, e a construção de uma gramática mais consistente e efetiva.
Outro dado importantíssimo que devemos considerar para efeito de estudos sintáticos da LS é a frequente utilização do Tópico-Comentário pelo surdo na construção de suas frases. Neste modelo, temos a topicalização do objeto, ou seja, o objeto passa a ser o tópico de sentença, enquanto que o verbo, o sujeito e os demais componentes configuram o comentário do tópico.
Conforme publicação do INES: “Em estudos anteriores, dissemos que a ordem preferencial das sentenças da LIBRAS era SVO quando não havia topicalização ou verbos com flexão ou direcionais. Porém, estudos mais aprofundados, apesar de não desmentirem o que dissemos, mostraram que a topicalização é muito mais frequente do que se pensa à primeira vista em LIBRAS. A ordem tópico-comentário é realmente a preferida quando não há restrições que impeçam certos constituintes de se deslocarem.”
http://www.ines.gov.br/ines_livros/35/35_004.HTM
Infelizmente o Link foi removido pelo INES, mas o conteúdo "A língua de sinais utiliza a estrutura tópico-comentário, enquanto a língua portuguesa evita este tipo de construção" pode ser encontrado em material do MEC no endereço abaixo:
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/tradutorlibras.pdf
No que diz respeito à ordem das palavras ou constituinte, há diferenças porque o português é uma língua de base sujeito-predicado (S-V-O) enquanto que a LIBRAS é uma língua do tipo tópico-comentário (O-S-V).
Outro dado importantíssimo que devemos considerar para efeito de estudos sintáticos da LS é a frequente utilização do Tópico-Comentário pelo surdo na construção de suas frases. Neste modelo, temos a topicalização do objeto, ou seja, o objeto passa a ser o tópico de sentença, enquanto que o verbo, o sujeito e os demais componentes configuram o comentário do tópico.
Conforme publicação do INES: “Em estudos anteriores, dissemos que a ordem preferencial das sentenças da LIBRAS era SVO quando não havia topicalização ou verbos com flexão ou direcionais. Porém, estudos mais aprofundados, apesar de não desmentirem o que dissemos, mostraram que a topicalização é muito mais frequente do que se pensa à primeira vista em LIBRAS. A ordem tópico-comentário é realmente a preferida quando não há restrições que impeçam certos constituintes de se deslocarem.”
http://www.ines.gov.br/ines_livros/35/35_004.HTM
Infelizmente o Link foi removido pelo INES, mas o conteúdo "A língua de sinais utiliza a estrutura tópico-comentário, enquanto a língua portuguesa evita este tipo de construção" pode ser encontrado em material do MEC no endereço abaixo:
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/tradutorlibras.pdf
No que diz respeito à ordem das palavras ou constituinte, há diferenças porque o português é uma língua de base sujeito-predicado (S-V-O) enquanto que a LIBRAS é uma língua do tipo tópico-comentário (O-S-V).
Uma corrente atual fortíssima que não podemos ignorar é a da “Linguística”, que mal interpretada com sua “tendência à permissividade” valoriza o contexto do uso da língua, onde o usual determina a regra, sem respeito às normas cultas. Para uma boa comunicação em uma sociedade é necessário um padrão de linguagem – norma culta – que seja uniforme entre os “falantes”. Para tanto, ela precisa ser rigorosamente controlada, regulamentada, normativizada. É justamente essa a tarefa da Gramática: normativizar a língua, exercer esse controle que garante a uniformidade da norma culta. Mas a Linguística parte do princípio de que a norma culta, embora seja importantíssima, não é o único padrão linguístico existente, e na verdade a maior parte da população se comunica a maior parte do tempo em outras normas que não a norma culta. Este fenômeno ocorre também nas línguas orais.
Vemos também que na construção das frases utilizamos muitos outros elementos que não se enquadram nos três principais (Objeto, Sujeito, Verbo), e que nem sempre seguem uma sequência lógica dentro da frase. É o caso de alguns advérbios, conjunções, elementos de ênfase e outros recursos da língua.
Vemos também que na construção das frases utilizamos muitos outros elementos que não se enquadram nos três principais (Objeto, Sujeito, Verbo), e que nem sempre seguem uma sequência lógica dentro da frase. É o caso de alguns advérbios, conjunções, elementos de ênfase e outros recursos da língua.
Para ampliar o conceito de Objeto – Sujeito – Verbo na sintaxe da Libras Nativa apresentaremos o esquema abaixo, desenvolvido com exclusividade aqui no Blog:
1. Sinal de PEDIR: Com significado de COM LICENÇA ou POR FAVOR, usado preferencialmente no início da frase.
2. TEMPO: Qualquer advérbio de tempo (hoje, ontem, amanhã, semana, mês, ano) Qualquer data ou mesmo um evento pode funcionar como marcador de tempo. Preferencialmente usado no início da frase.
3. OBJETO: É o componente que representa o núcleo, a essência das frases. Sem ele não há frase. Pode vir acompanhado de complementos. Para identificá-lo basta perguntar: “De quem se fala?” ou “Do que se fala?”.
4. SUJEITO: Pode ser um nome, um pronome. Está sempre ligado ao verbo, pois é ele que executa ou sofre a ação. (1ª pessoa frequentemente omitido na LS).
5. VERBO: Representa o modo de atividade ou estado de pessoas, animais ou coisas.
6. ÊNFASE: Usada para dar força ou importância. (VERDADE, SEMPRE, N-U-N-C-A, NÃO, paralelismo negativo). Utilizada preferencialmente ao final da frase.
7. ELEMENTOS INTERROGATIVOS: podem ser um pronome interrogativo (quem, qual, onde, por que, como), um verbo ou qualquer outro que esteja cumprindo com a função de interrogar. Para identificá-lo é simples. Basta fazer a pergunta e observar a resposta.
Ex: Você gosta de futebol? R: Gosto. => Aqui o verbo GOSTAR tem a função de agente interrogativo.
Segundo o INES, “Os pronomes interrogativos QUE e QUEM geralmente são usados no início da frase, mas o pronome interrogativo ONDE e o pronome QUEM, quando está sendo usado com o sentido de “quem é” ou “de quem é” são mais usados no final.
Na LIBRAS, há uma tendência para a utilização, no final da frase, dos pronomes interrogativos QUAL, COMO e PARA-QUE, e para a utilização, no início da frase, do pronome interrogativo POR-QUE, mas os primeiros podem ser usados também no início e POR-QUE pode ser utilizado também no final”.
Conclusão: Como pudemos observar, o importante é que os pronomes interrogativos sejam utilizados preferencialmente no final da frase, como é mais usual na comunidade surda.
Referencial Bibliográfico: INES, MEC Parte 7, Valentini, Britto, Quadros