A Libras, como as demais línguas, também incorpora léxico de outras línguas. Existem casos em que a língua de sinais faz o empréstimo de palavras de uma língua oral, e o fazem através da soletração manual. Exemplos como A-Z-U-L, N-U-N-C-A, O-I, V-A-I, seriam empréstimos que já foram incorporados ao léxico da Libras.
A soletração manual não é, evidentemente, o processo único de formação dos vocábulos (sinais) em LIBRAS. Aliás, é responsável por uma parte pequena do léxico de sinais da Libras. A soletração manual das letras de uma palavra em português é a mera transposição espacial dos grafemas de uma palavra da língua oral, por meio das mãos; apenas um dos meios de se fazer empréstimos em LIBRAS. Assim como a palavra “xerox”, em português, é um empréstimo do inglês, o exemplos citados ilustram o fenômeno do empréstimo em LIBRAS, pois, na maioria dos casos, existe o sinal correspondente à situação, ao objeto ou à ideia e não é necessário usar a soletração manual.
Os Empréstimos Linguísticos podem ser:
a) LEXICAIS: como o alfabeto Manual;
b) DE INICIALIZAÇÃO: onde a configuração de mão é representada pela letra inicial correspondente à palavra em português (GOIÁS > CM=G), e, segundo Brito [BRI 95], há também o empréstimo de itens lexicais;
c) DE OUTRAS LÍNGUAS DE SINAIS: que se referem a sinais cuja origem é um sinal em outra língua, geralmente um sinal de mesmo valor semântico (ANO > ASL, VERMELHO > LSF), há empréstimos;
d) DE DOMÍNIO SEMÂNTICO: identificado na maioria dos sinais referentes a cores;
e) DE ORDEM FONÉTICA: que são obtidos pela tentativa de representação visual do som que constitui a palavra em português, tal como são percebidas pelo surdo.
Referencial Bibliográfico:
Karin Strobel e Sueli Fernandes - Aspectos Linguísticos da Libras - SEED-PR
Lucinda Ferreira Brito - (1995)
Referencial Bibliográfico:
Karin Strobel e Sueli Fernandes - Aspectos Linguísticos da Libras - SEED-PR
Lucinda Ferreira Brito - (1995)