Processo Anafórico, Anaforismo, Shifting ou Role-Play, é o recurso da Língua de Sinais que possibilita ao narrador, através de mudança de postura corporal, incorporar diferentes personagens de uma narrativa.
Para o intérprete, em um discurso conversacional quando existe a troca de mensagens entre dois ou mais usuários, importante o domínio da técnica do anaforismo. Porém, este recurso exige excelente capacitação para assumir diferentes corporeidades em um único setting de tradução.
Todos os objetos imaginados e criados nos campos anafóricos (construção tátil) e processos anafóricos (shifting ou role-play) exigem um poder de concentração extremo para serem utilizados e mantidos nos lugares corretos, para que os surdos compreendam claramente os textos e a relação entre esses ersonagens.
São processos anafóricos exagerados, onde o intérprete se perde em seu delírio de projeção. Quando uma interpretação carece de fundamento coerente, real, equalizado, ela se torna incapaz de prender a atenção dos surdos; pelo contrário, acaba por lhes despertar sentimentos imediatos de estranheza e, consequentemente, rejeição.